Os 4 tipos de Bullying: Como cada um impacta no desenvolvimento do seu filho?

De ataques físicos a assédio verbal, saiba como identificar os sinais dos 4 tipos mais comuns de bullying, para saber como que você consegue identificar indícios e comportamentos que possam impactar no desenvolvimento do seu filho. 

O bullying é definido como um comportamento perverso e ofensivo que ocorre repetidamente em um relacionamento com um desequilíbrio de poder ou força. Se você já é pai ou mãe, provavelmente foi vítima ou presenciou o bullying quando ele ainda nem tinha esse nome.

Ocorre comumente entre crianças e adolescentes e visa excluir a vítima de um grupo.

Embora as escolas estejam fazendo muito mais do que antigamente para lidar com o bullying, os pais ainda são a chave para capacitar as crianças a preveni-lo e impedi-lo.

Alguns sinais e sintomas comuns de uma criança que está sofrendo bullying podem incluir:

Quais são os papéis em uma situação de bullying?

O bullying é o resultado da necessidade do agressor de obter e manter o controle sobre outra pessoa. 

Esse tipo de comportamento pode advir de dois tipos principais de agressão: agressão proativa e agressão reativa.

A agressão proativa é descrita como organizada, emocionalmente desligada e impulsionada pelo desejo de recompensa. Os agressores proativos iniciam os atos agressivos sem provocação e normalmente são contra aqueles que eles percebem como mais vulneráveis.

Normalmente os agressores (bullies) são mais funcionais e mais propensos a recorrer a agressão proativa.  E o que os levam a esse comportamento é o desejo der ser mais popular, sentir-se forte e ter uma boa imagem de si mesmo. Resultando em agressões que repetidamente humilha ou degrada. É uma pessoa que não aprendeu a transformar a raiva em diálogo, para ele a dor da outra parte não é o motivo para parar de agir. Ao contrário, ele se satisfaz com a opressão da vítima, pressupondo ou antecipando quão dolorosa será a crueldade que ela experimentará.

Por esses e outros motivos, é muito importante que você esteja atento, não só se seu filho sofre bullying, mas também se ele não o pratica. Neste cenário comportamentos e crenças precisam ser trabalhadas com urgência para que seu filho não carregue consequências que irão prejudicá-lo SERIAMENTE na vida adulta.

A agressão reativa é definida como impulsiva, em resposta a uma ameaça ou precipitante percebida, e associada a emoções intensas, especialmente ansiedade ou raiva.  As vítimas de bullying estão mais propensas a agressões reativas.

Os ataques reativos são caracterizados por uma resposta “de sangue quente”, automática e defensiva às ameaças percebidas. Relacionamentos ruins, podem fazer com que os agressores reativos mantenham um senso de raiva e insegurança altamente internalizado, tornando-os propensos a reações emocionais excessivas ao estresse ou ameaças pessoais. Eles são chamados de “temperamentais” por seus professores, incapazes de suportar a frustração, a impulsividade e são fáceis de explodir diante de qualquer fonte de estresse.

E os espectadores? Quem são? Por que não interferem?

Espectadores de bullying são aqueles que testemunham, mas não são o agressor principal e nem a vítima.

As crianças que são espectadoras tendem a sucumbir ao que elas acreditam para apoiar o comportamento de intimidação, pelo medo de se tornarem a próxima vítima do agressor. 

Entretanto, os espectadores correm o risco de se envolverem no bullying quando encorajam, prestam atenção ao comportamento ou riem da vítima.

Independentemente de qual seja o personagem, é de extrema importância que você, pai e mãe, converse com seu filho sobre cada um dos papéis e como ele deve reagir a cada uma dessas situações.

Para te ajudar nesse desafio, preparamos algumas dicas sobre como lidar com os quatro tipos mais comuns de bullying.

Os 4 tipos de bullying:

Bullying Social

Exemplo: Um grupo de meninas na aula de dança continua falando sobre uma festa do pijama no fim de semana e compartilhando fotos, tratando a criança não convidada como se ela fosse invisível.

O agressor tenta impedir deliberadamente alguém de entrar ou fazer parte de um grupo, seja em uma mesa de almoço, jogo, esporte ou atividade social.

Como detectar os sinais? Observe as mudanças de humor, o afastamento dos colegas e se insolar mais do que o normal. As meninas têm maior probabilidade do que os meninos de sofrer exclusão social, intimidação não verbal ou emocional. 

O que fazer? Insira na rotina de vocês uma conversa noturna sobre como foi o dia. Ajude-o a encontrar coisas que o faça feliz, indique suas qualidades positivas e certifique-se de que saiba que existem pessoas que os amam e se preocupam com eles. Concentre-se no desenvolvimento de seus talentos e interesses em música, artes, atletismo, leitura e atividades extracurriculares para que seu filho construa relacionamentos fora da escola.

Bullying Físico

Exemplo: Uma criança puxa as calças da outra no parquinho durante o recreio.

O bullying físico envolve batidas, chutes, tropeções, bloqueios, empurrões e toques repetidos de formas indesejadas e inadequadas.

Como detectar os sinais? Muitas crianças não contam aos pais quando isso acontece, portanto, preste atenção em possíveis sinais de alerta, como cortes inexplicáveis, arranhões ou hematomas, roupas perdidas ou danificadas ou queixas frequentes de dores de cabeça e de estômago.

O que fazer? Se você suspeita que seu filho está sendo intimidado fisicamente, inicie uma conversa casual – pergunte o que está acontecendo na escola, durante o almoço ou recreio, ou a caminho de casa. Com base nas respostas, pergunte se alguém fez algo de ruim com ele. Tente manter suas emoções sob controle. Enfatize o valor da comunicação aberta e contínua com você e com professores da escola.

Certifique-se de documentar as datas e horários dos incidentes de bullying, as respostas das pessoas envolvidas e as ações que foram tomadas. Não entre em contato com os pais do agressor (ou agressores) para resolver os problemas por conta própria. Se seu filho continuar a se machucar fisicamente e você precisar de assistência adicional além da escola, entre em contato com as autoridades locais. Existem leis locais, estaduais e federais contra intimidação e assédio que exigem ação corretiva imediata.

Bullying Verbal

Envolve xingamentos contínuos, ameaças e comentários desrespeitosos sobre os atributos de alguém (aparência, religião, etnia, deficiência, orientação sexual etc.).

Como detectar os sinais? A criança pode se retrair, ficar mal-humorada ou mostrar uma mudança no apetite. Pode ser que ela te conte algo doloroso que alguém disse sobre ela e perguntar se você acha que é verdade.

Exemplo: quando uma criança diz a outra criança: “Você é muito, muito gordo e sua mãe também.”

O que fazer? Primeiro, ensine seus filhos sobre respeito. Por meio de seu próprio comportamento, reforce como todos merecem ser bem tratados – agradeça aos professores, elogie os amigos, seja gentil com os funcionários da loja. Enfatize o respeito próprio e ajude seus filhos a valorizar seus pontos fortes.

A melhor proteção é estimular a confiança e a independência de seu filho e esteja dispostos a agir quando necessário. Discuta e pratique maneiras seguras e construtivas de seu filho responder a um agressor. Pense em frases-chave para dizer em um tom firme, mas não antagônico, como “Isso não foi legal”“Deixe-me em paz” ou “Afaste-se”. Além disso, oriente-o a sempre o avisar quando esse tipo de situação começar a incomoda-lo para que você possa tomar as medidas necessárias.

Bullying Digital - Cyberbullying

Exemplo: Quando alguém tuíta ou posta “Por que alguém sairia com o Enzo? Ele é tão gay!”.

Cyberbullying é o bullying realizado por meio de e-mails, mensagens de texto e postagens em mídias sociais. 

Como detectar os sinais? Observe se seu filho parece estar triste e ansioso depois de passar um tempo na internet. Observe também se ele tem problemas para dormir, implora para não ir à escola ou se afasta das atividades que antes amava.

O que fazer? Primeiro estabeleça regras domésticas para segurança na Internet. Chegue a um acordo sobre os limites de tempo apropriados para a idade. Conheça os sites, aplicativos e dispositivos digitais populares e potencialmente abusivos antes que seus filhos os usem. Deixe seu filho saber que você monitorará suas atividades online. Diga a ele que, se presenciar alguma situação de cyberbullying, ele não deve se envolver, responder ou encaminhá-lo.

Em vez disso, ele deve informá-lo para que você possa imprimir as mensagens ofensivas, incluindo as datas e horários em que foram recebidas. Denuncie o cyberbullying à escola e ao provedor de serviços online. Se o cyberbullying aumentar e incluir ameaças e mensagens sexualmente explícitas, entre em contato também com as autoridades locais.

Se seu filho comentar com você sobre ter sido intimidado ou sobre outra pessoa ter ser intimidada, dê apoio, elogie a coragem dele por lhe contar e reúna informações (sem ficar com raiva). Enfatize a diferença entre ser um tagarela que está apenas tentando colocar alguém em apuros e falar com um adulto que pode ajudar.

Sempre tome medidas contra o bullying, especialmente se ele se tornar grave ou persistente.

Esperamos que tenham gostado das nossas dicas e que elas sejam de grande valor para a sua família! Continue acompanhando nosso blog com ideias fresquinhas para te ajudar nessa missão desafiante que é criar um filho. 

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